segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Brasilidade às nossas crianças

A advogada Regina Sampaio trabalha de segunda a sexta das sete horas da manhã às oito horas da noite. Com um dia tão atribulado, fica dificil o controle do conteúdo de TV assistido por seu Filho Lucas de 9 anos. O garoto passa a maior parte do dia com a empregada doméstica Lourdes da Silva, que além de cuidar do garoto tem que lavar, passar, cozinhar e limpar. Lucas frequenta e escola somente no período da tarde e pela manhã não sai da frente da televisão vidrado pelos seus desenhos animados preferidos. Com isso uma das grandes preocupações de Regina é a qualidade dessa programação assistida por Lucas. "Não posso ter controle do que ele vê. Pelo pouco contato que tenho com esse tipo de programação percebo a violência e imoralidade presente na maioria dos desenhos", declara a mãe admitindo sua impotência diante de algo tão atrativo.
Já para Lucas, a satisfação pelas animações é absoluta, vista pelas brincadeiras do garoto ao imitar seus heróis faviritos. "Meu predileto é o Goku do Dragon Ball Z. Seus poderes são demais e o outro sempre morre", diz com o garoto revelando seu entusiasmo com a personagem.

Porém, essa preocupação com o conteúdo assistido pelas crianças nas TVs abertas não é restrita a Regina. Milhares de pais e mães têm o mesmo tipo de preocupação. O ritmo de vida atual exige cada vez mais um distanciamento entre pais e filhos. A mulher nunca esteve tão inserida no mercado de trabalho deixando, assim, de cumprir na íntegra o papel de mãe educadora.
Daí surge a dúvida: Como resolver isso?
A mais nova proposta de solução para esse problema é o polêmico projeto de Lei (1821/03) do deputado federal Vicentinho (PT-SP) que prevê cotas obrigatórias de desenhos animados nacionais nas programações infantis das emissoras brasileiras.
De acordo com o deputado Vicentinho, "além de uma cultura estrangeira, esses desenhos introduzem, muitas vezes, temas como a violência, o egoísmo e o anti-social". O projeto de lei passará pela pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados para debater a sua viabilidade , ainda sem data marcada para a audiência.
Pelo projeto, todas as emissoras de televisão de sinal aberto e fechado devem apresentar percentuais mínimos de desenhos animados produzidos nacionalmente. As animações teriam como conteúdo uma série de características como a promoção da solidariedade e da paz; a história do Brasil e seus expoentes; heróis nacionais brasileiros e a promoção de igualdade entre brancos e negros, homens e mulheres. Em seu primeiro ano de vigência, caso o projeto vire lei, a cota de desenhos nacionais será de 10%. A partir do quinto ano, esse percentual subirá para 50%.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A socialização da informação

O advento de novas tecnologias cada vez mais vem aproximando as pessoas e suas respectivas idéias e informações no mundo atual. Na esfera da comunicação, a informação assume seu caráter hedônico, cada vez menos ligada aos conceitos teóricos de sua veiculação.
Partindo disso, é inevitável uma mudança e uma adequação da atividade jornalistica. Atualmente, a facilidade de captação e armazamento da informação acaba por formar cada um de nós em um jornalista em potencial. A internet, por sua vez, é o principal combustível dessa socialização da informação. Também decorrente dessa tendência, é a preocupação em cima da qualidade dessa informação. Sendo esta qualidade diretamente ligada a quem veicula tal conteúdo.
Porém de nada serviria o conceito de qualidade, se não houvesse a quantidade para se fazer uma comparação entre a boa e a má informação.
O fato é que os meios digitais, principalmente a ineternet prufundamente difundida na sociedade atual, acaba causando um efeito quase que instigante de se tornar aquilo, que até então era privado, em algo público, em uma notícia. Daí está o resumo mais fiel da tão falada liberdade de expressão. Aí está a principal função desse mundo digital: a interação. Porém quanto mais informação veiculada, mais é exigida uma capacidade de disernimento entre o que é ou não valido.
Cabe agora ao jornalista, como profissional de comunicação, permitir o maior fluxo de dados e experiências, ou seja, estreitar esse vínculo com o público comum e torná-lo fonte, não apenas alvo. Não só para saber o repercursão de sua informação com enquetes e pesquisas, mas também para tornar esse público agente de notícias. Daí está formado, literalmente, o ciclo da informação.